terça-feira, 30 de julho de 2013

Man of Steel Análise

por: Guilherme Müller



Superman é um dos personagens dos quadrinhos que mais sofreu na mão de péssimos roteiristas ao longo da história. Mas, desta vez, o diretor Zack Snider se juntou ao time de ouro que nos trouxe a excelente trilogia The Dark Knight para, de uma vez por todas, trazer o personagem da escuridão e iluminar um pouco o universo cinemático da DC Comics.



 Man of Steel começa nos mostrando a situação do planeta Krypton em seus últimos dias antes de sua destruição. O planeta está com o seu núcleo completamente instável, e o General Zod (Michael Shannon), líder d exercito kryptoniano tenta tomar o poder para si.


Jor-El (Russel Crowe), um cientista rebelde, foi o único a perceber a situação sem volta do planeta, tentou avisar as maiores autoridades do planeta, mas, sendo menosprezado, fez as preparações para enviar ser filho recém-nascido, Kal-El, o primeiro bebê nascido de forma natural em séculos, para um planeta longínquo chamado Terra.


Ao roubar o código genético de toda a espécie e enviar o bebê ao espaço, Jor-El é interceptado por Zod e não sobrevive ao confronto.


Zod alhara em seus planos e é preso e mandado para uma prisão dimensional chamada de “Zona Fantasma”. Mas, com a destruição de seu planeta, está solto no espaço e livre para procurar o ultimo filho de Krypton.


Depois disso a história do Superman não mais um mistério para ninguém.



O primeiro elogio que eu posso dar a esse filme, é que a história do pequeno Clark Kent, sofrendo ao se adaptar ao meio da sociedade humana, foi passada por meio de flashbacks em momentos oportunos. Não foi perdido muito tempo do filme contando uma história que esta impressa no imaginário popular das pessoas.


Sempre que Kent aparecia na sua infância e adolescência, era um momento chave no desenvolvimento do personagem e contava sempre com a ótima atuação de Kevin Costner interpretando o pai de Clark, Jonathan.


Outro pai de Clark, quero dizer, Kal-El, que se destacou muito neste filme foi Jor-El, interpretado por Russel Crowe. Assim como na original obra de 1978 Jor-El aparece em forma holográfica para Clark algumas vezes para explicar a plot principal do filme para o protagonista.



E é no momento em que Clark se torna realmente Superman, que o filme dá uma caída de qualidade.


Quando Zod e seus companheiros chegam na Terra, o filme logo muda para algo inacreditavelmente rápido e violento. As lutas apresentadas aqui são muito familiares para aqueles que gostam de Dragon Ball Z.


Não me levem a mal, eu adoro Dragon Ball Z e as lutas aqui são algo que eu sempre quis ver em um filme do Superman, mas, o terceiro ato do filme é tão repleto de pancadaria que você perde a noção das consequências e do impacto emocional nos personagens.


Nunca na história do cinema eu tinha visto uma cidade ser destruída tão rapidamente quanto Metropolis neste filme.


Não estou dizendo que ação não é bem vinda. O que estou dizendo é que ela deveria ser mais balanceada para que a audiência entenda a magnitude do que está acontecendo. Talvez uns quinze minutos de pancadaria devessem ter sido cortados.


Claro que muita gente vai gostar dessa ação desenfreada, até eu gostei em partes. Mas, não é isso que um fã de quadrinhos vai esperar de um filme do maior super herói de todos os tempos. Heróis também tem drama e isso deveria ser explorado por todo o filme, não apenas em sua primeira metade.



Amy Adams como Lois Lane e Henry Cavill como Kal-El também estão muito bem no filme. Amy traz algo para a personagem que nunca tínhamos visto no cinema. Uma Lois Lane jornalista competente, até competente demais em algumas horas, mas deixamos passar. E Cavill realmente conseguiu revigorar o personagem com sua atuação contida as vezes e super emocional nos momentos chave.

Refletindo sobre a obra realmente conseguimos relevar os momentos blockbusters demais e nos focar no personagem Superman. Apesar de tudo, o filme realmente consegue revigorar o personagem,  formar uma nova franquia e talvez fazer a fundação para um possível Liga da Justiça.



7.0
Bom

domingo, 28 de julho de 2013

The Last of Us Review (Spoilers Free)



por: Guilherme Müller



O mais novo exclusivo da Sony vem com muita expectativa depois de uma apresentação incrível na E3 de 2012. Será que ele entregou aquilo que todos estavam esperando?




 


Se você acompanha videogames deve conhecer uma produtora chamanda Naughty Dog. Esses talentosos artistas nos deram clássicos como “Crash Bandicoot”, “Jak and Dexter” e a excelente série “Uncharted”. Por isso é razoável se esperar algo grandioso em “The Last of Us” e eu fico muito feliz em informar-lhes que sim, esse jogo é incrível.




A historia se passa nos Estados Unidos 20 anos depois que uma infestação de um fungo chamado “Cordyceps” destruiu a sociedade que conhecemos transformando a grande maioria das pessoas em zumbis.



Controlamos um personagem chamado Joel, interpretado por Troy Baker, conhecido por dublar inúmeros personagens de videogames como Snow em Final Fantasy XIII e Booker Dewitt em Bioshock Infinite.


Joel, um homem bruto


Joel é um pai solteiro que por ser um sobrevivente nesse mundo violento e sem esperança se tornou frio, calculista e sem a capacidade de expressar seus sentimentos ou falar sobre o passado. Mas, ao ser incumbido com a missão de atravessar os Estados Unidos para escoltar uma garota chamada Ellie, teve que esquecer o seu passado e proteger-la a todo custo.


Ellie é interpretada pela atriz Ashley Johnson e rapidamente rouba a cena. Desenvolver um personagem que nasceu em um mundo onde a sociedade já não existe foi o maior trunfo da Naughty Dog e com isso criaram um dos melhores personagens já escritos para um videogame.


Mas é claro que não podemos falar de um jogo sem comentar sua gameplay.

Stealth é sempre mais indicado.





Se você conhece a série “Uncharted” já deve estar familiar com o ritmo linear e o combate que mistura corpo-a-corpo e tiro com ênfase em “murinho”. Em “The Last of Us” isso ainda é o caso, só que desta vez o stealth é muito mais importante. Enfrentar um inimigo frente a frente na grande maioria das vezes é uma péssima idéia, por conta de falta de munição e o numero superior de adversários. Se esconder e matar furtivamente é quase sempre a melhor opção.


Outra adição interessante é o sistema de criação de itens e upgrade de armas. Diferente de outros jogos onde "craftar" itens é algo extremamente custoso e frustrante, aqui, criar molotovs, por exemplo, é algo rápido, intuitivo e traz um nível de realidade e urgência aos combates que eu nunca tinha experimentado antes.


Isso é muito importante pois outro ponto positivo do jogo é como ele te faz criar estratégias usando diferentes tipos de inimigos. Algo que só funciona bem porque o design dos diferentes adversários nos faz sempre pensar na melhor maneira de passar por uma área da melhor maneira possível. 


Contar uma história tão séria e com teor adulto tão forte não funcionaria com gráficos ruins. Mas, é claro que nesse ponto o jogo também se exalta. Os gráficos de “The Last of Us” são os melhores que eu já vi Playstation 3 e isso é um grande elogio.


Tudo é muito bonito e super detalhado. O som é minuciosamente pensado e o design dos inimigos é incrível e a captura dos movimentos faciais é simplesmente perfeito.  Cada ambiente mostra o carinho e a competência da Naughty Dog e os firma definitivamente entre os melhores, senão o melhor estúdio dessa geração.


Nível de detalhe impressionante




Apesar de tudo isso o jogo ainda conta com um modo multiplayer.


Eu raramente me divirto no multiplayer e dessa vez não foi diferente, mas eu reconheço o esmero e a inovação que “The Last of Us” traz para aqueles que gostam desse modo de jogo. Mas é simplesmente um complemento para dar mais valor ao produto como um todo e é sempre bem vindo desde que não interfira na produção da campanha single player.


Em suma, “The Last of Us” é uma obra prima. Ele está tão a frente do resto dos jogos do mercado que ficou extremamente fácil de o avaliar. Algo com o nível de detalhe e com um roteiro tão bem escrito quanto esse não pode receber uma nota menor.


10/10