domingo, 28 de julho de 2013

The Last of Us Review (Spoilers Free)



por: Guilherme Müller



O mais novo exclusivo da Sony vem com muita expectativa depois de uma apresentação incrível na E3 de 2012. Será que ele entregou aquilo que todos estavam esperando?




 


Se você acompanha videogames deve conhecer uma produtora chamanda Naughty Dog. Esses talentosos artistas nos deram clássicos como “Crash Bandicoot”, “Jak and Dexter” e a excelente série “Uncharted”. Por isso é razoável se esperar algo grandioso em “The Last of Us” e eu fico muito feliz em informar-lhes que sim, esse jogo é incrível.




A historia se passa nos Estados Unidos 20 anos depois que uma infestação de um fungo chamado “Cordyceps” destruiu a sociedade que conhecemos transformando a grande maioria das pessoas em zumbis.



Controlamos um personagem chamado Joel, interpretado por Troy Baker, conhecido por dublar inúmeros personagens de videogames como Snow em Final Fantasy XIII e Booker Dewitt em Bioshock Infinite.


Joel, um homem bruto


Joel é um pai solteiro que por ser um sobrevivente nesse mundo violento e sem esperança se tornou frio, calculista e sem a capacidade de expressar seus sentimentos ou falar sobre o passado. Mas, ao ser incumbido com a missão de atravessar os Estados Unidos para escoltar uma garota chamada Ellie, teve que esquecer o seu passado e proteger-la a todo custo.


Ellie é interpretada pela atriz Ashley Johnson e rapidamente rouba a cena. Desenvolver um personagem que nasceu em um mundo onde a sociedade já não existe foi o maior trunfo da Naughty Dog e com isso criaram um dos melhores personagens já escritos para um videogame.


Mas é claro que não podemos falar de um jogo sem comentar sua gameplay.

Stealth é sempre mais indicado.





Se você conhece a série “Uncharted” já deve estar familiar com o ritmo linear e o combate que mistura corpo-a-corpo e tiro com ênfase em “murinho”. Em “The Last of Us” isso ainda é o caso, só que desta vez o stealth é muito mais importante. Enfrentar um inimigo frente a frente na grande maioria das vezes é uma péssima idéia, por conta de falta de munição e o numero superior de adversários. Se esconder e matar furtivamente é quase sempre a melhor opção.


Outra adição interessante é o sistema de criação de itens e upgrade de armas. Diferente de outros jogos onde "craftar" itens é algo extremamente custoso e frustrante, aqui, criar molotovs, por exemplo, é algo rápido, intuitivo e traz um nível de realidade e urgência aos combates que eu nunca tinha experimentado antes.


Isso é muito importante pois outro ponto positivo do jogo é como ele te faz criar estratégias usando diferentes tipos de inimigos. Algo que só funciona bem porque o design dos diferentes adversários nos faz sempre pensar na melhor maneira de passar por uma área da melhor maneira possível. 


Contar uma história tão séria e com teor adulto tão forte não funcionaria com gráficos ruins. Mas, é claro que nesse ponto o jogo também se exalta. Os gráficos de “The Last of Us” são os melhores que eu já vi Playstation 3 e isso é um grande elogio.


Tudo é muito bonito e super detalhado. O som é minuciosamente pensado e o design dos inimigos é incrível e a captura dos movimentos faciais é simplesmente perfeito.  Cada ambiente mostra o carinho e a competência da Naughty Dog e os firma definitivamente entre os melhores, senão o melhor estúdio dessa geração.


Nível de detalhe impressionante




Apesar de tudo isso o jogo ainda conta com um modo multiplayer.


Eu raramente me divirto no multiplayer e dessa vez não foi diferente, mas eu reconheço o esmero e a inovação que “The Last of Us” traz para aqueles que gostam desse modo de jogo. Mas é simplesmente um complemento para dar mais valor ao produto como um todo e é sempre bem vindo desde que não interfira na produção da campanha single player.


Em suma, “The Last of Us” é uma obra prima. Ele está tão a frente do resto dos jogos do mercado que ficou extremamente fácil de o avaliar. Algo com o nível de detalhe e com um roteiro tão bem escrito quanto esse não pode receber uma nota menor.


10/10

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