Superman é um dos personagens dos quadrinhos que mais sofreu
na mão de péssimos roteiristas ao longo da história. Mas, desta vez, o diretor
Zack Snider se juntou ao time de ouro que nos trouxe a excelente trilogia The
Dark Knight para, de uma vez por todas, trazer o personagem da escuridão e
iluminar um pouco o universo cinemático da DC Comics.
Man of Steel começa
nos mostrando a situação do planeta Krypton em seus últimos dias antes de sua
destruição. O planeta está com o seu núcleo completamente instável, e o General
Zod (Michael Shannon), líder d exercito kryptoniano tenta tomar o poder para
si.
Jor-El (Russel Crowe), um cientista rebelde, foi o único a
perceber a situação sem volta do planeta, tentou avisar as maiores autoridades
do planeta, mas, sendo menosprezado, fez as preparações para enviar ser filho
recém-nascido, Kal-El, o primeiro bebê nascido de forma natural em séculos,
para um planeta longínquo chamado Terra.
Ao roubar o código genético de toda a espécie e enviar o
bebê ao espaço, Jor-El é interceptado por Zod e não sobrevive ao confronto.
Zod alhara em seus planos e é preso e mandado para uma
prisão dimensional chamada de “Zona Fantasma”. Mas, com a destruição de seu
planeta, está solto no espaço e livre para procurar o ultimo filho de Krypton.
Depois disso a história do Superman não mais um mistério
para ninguém.
O primeiro elogio que eu posso dar a esse filme, é que a
história do pequeno Clark Kent, sofrendo ao se adaptar ao meio da sociedade
humana, foi passada por meio de flashbacks em momentos oportunos. Não foi
perdido muito tempo do filme contando uma história que esta impressa no imaginário
popular das pessoas.
Sempre que Kent aparecia na sua infância e adolescência, era
um momento chave no desenvolvimento do personagem e contava sempre com a ótima
atuação de Kevin Costner interpretando o pai de Clark, Jonathan.
Outro pai de Clark, quero dizer, Kal-El, que se destacou
muito neste filme foi Jor-El, interpretado por Russel Crowe. Assim como na original
obra de 1978 Jor-El aparece em forma holográfica para Clark algumas vezes para
explicar a plot principal do filme para o protagonista.
E é no momento em que Clark se torna realmente Superman, que
o filme dá uma caída de qualidade.
Quando Zod e seus companheiros chegam na Terra, o filme logo
muda para algo inacreditavelmente rápido e violento. As lutas apresentadas aqui
são muito familiares para aqueles que gostam de Dragon Ball Z.
Não me levem a mal, eu adoro Dragon Ball Z e as lutas aqui
são algo que eu sempre quis ver em um filme do Superman, mas, o terceiro ato do
filme é tão repleto de pancadaria que você perde a noção das consequências e do
impacto emocional nos personagens.
Nunca na história do cinema eu tinha visto uma cidade ser destruída
tão rapidamente quanto Metropolis neste filme.
Não estou dizendo que ação não é bem vinda. O que estou
dizendo é que ela deveria ser mais balanceada para que a audiência entenda
a magnitude do que está acontecendo. Talvez uns quinze minutos de pancadaria devessem
ter sido cortados.
Claro que muita gente vai gostar dessa ação desenfreada, até
eu gostei em partes. Mas, não é isso que um fã de quadrinhos vai esperar de um
filme do maior super herói de todos os tempos. Heróis também tem drama e isso deveria
ser explorado por todo o filme, não apenas em sua primeira metade.
Amy Adams como Lois Lane e Henry Cavill como Kal-El também
estão muito bem no filme. Amy traz algo para a personagem que nunca tínhamos visto
no cinema. Uma Lois Lane jornalista competente, até competente demais em
algumas horas, mas deixamos passar. E Cavill realmente conseguiu revigorar o
personagem com sua atuação contida as vezes e super emocional nos momentos
chave.
7.0
Bom
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