Por: Guilherme Müller
É claro que eu, sendo um grande fã de “O Senhor dos Anéis”, não perderia a oportunidade de fazer do primeiro capitulo da nova trilogia de Peter Jackson meu primeiro Review para esse blog. Então, como analisar algo com o qual você já está inclinado a gostar antes mesmo de ver o primeiro trailer? Pois é... vamos lá.
O Hobbit: Uma Jornada Inesperada conta a história de Bilbo
Bolseiro (Martin Freeman) na época em que conhece o mago Gandalf, o cinzento
(Ian Mckellen) que junto do anão Thorin Escudo de Carvalho(Richard Armitage) e
sua companhia de 13 “guerreiros” tem a missão de invadir o covil do poderoso
dragão Smaug e recuperar o tesouro e o antigo lar dos Anões.
Essa premissa é ótima para um filme de aventura pois
praticamente toma o formato de um “Road Movie”, abrindo assim espaço tanto para
situações perigosas quanto para situações engraçadas, algo com o qual o livro e o
filme estão recheados.
Peter Jackson tentou trazer a história de “O Hobbit” mais
próxima da trilogia do Anél do que a própria obra literária original e consegue
fazer isso com maestria. Amarrando elementos sérios que remetem à “O Senhor dos
Anéis” mas sem nunca perder o bom humor característico que J.R.R. Tolkien usou
no livro, pois, foi escrito voltado ao público infantil.
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"Valfenda é de tirar o fôlego" |
O filme tem uma fotografia maravilhosa. Cenas que se passam
em Valfenda são de tirar o fôlego e a presença de Galadriel (Cate Blanchett),
Saruman (Christopher Lee) e Elrond (Hugo Weaving) trazem um sentimento muito
legal. Claro que para os fãs é algo que conta muitos pontos.
Na área do casting “O Hobbit” se saiu muito bem. Martin
Freeman é o Bilbo Bolseiro que eu sempre imaginei, Richard Armitage se mostrou
versátil exibindo grande presença em cenas de ação e também nas dramáticas, Ian
McKellen faz mais uma vez um trabalho impecável como Gandalf e Andy Serkis como
Gollum realmente é impressionante. Infelizmente Sylvester McCoy como Radagast
esteve exagerado e a presença de seu personagem no filme foi um pouco
desnecessária, mas, pelo menos, ele não aparece por muito tempo. Já o resto dos
anões, 12 eles são, recebem muito pouca atenção e suas personalidades só são
percebidas através da aparência e trejeitos. Um pecado cometido também no
livro. Talvez o erro foi a existência de tantos anões (me desculpem
Tolkinianos).
Os efeitos especiais foram muito mais usados desta vez e
realmente são estonteantes. Os Trolls da montanha e o Rei Goblin são trazidos à vida e o Orc Azog conseguiu cumprir muito bem o papel de vilão mesmo
sendo uma criatura de CGI.
Infelizmente o filme peca no andamento e desenvolvimento.
Ficou muito óbvio que a divisão de um só livro, de tamanho
não muito grande, em três filmes prejudicou o andamento da historia. O
desenvolvimento lento e a duração digna de versão estendida vão com certeza
fazer muita gente achar o filme chato. O que é uma pena, pois ele tem várias
cenas de ação muito divertidas que se fossem separadas por períodos menores de
tempo, exaltariam a sensação de aventura da obra.
A trilha sonora de Howard Shore apesar de ser muito bonita,
conta com várias repetições de temas antigos da trilogia do Anél, em alguns
momentos é muito legal, em outros parece reciclagem, afinal de contas, são duas
histórias muito diferentes, com tons muito distintos.
No final das contas, “O Hobbit: Uma Jornada Inesperada” é um
bom filme para o público geral, mas um ótimo filme para os fãs. Não porque o fã
tende a gostar mesmo que não seja muito bom, mas sim porque há muitas coisas
que só quem é fã consegue perceber. Coisas que só quem leu os livros consegue apreciar.
Nota 8/10
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