Wes Anderson se aventura pela primeira vez no universo infantil
em um filme sobre descoberta, amor e amizade.
Moonrise Kingdom conta a história de Sam (Jared Gilman) e
Suzy (Kara Hayward). Dois jovenzinhos moradores de uma ilha a costa da Nova
Inglaterra. Por serem diferentes dos demais, são solitários e deprimidos. Após
se conhecerem planejam fugir juntos. Pena que não exista lugar para onde ir.
Não é uma historia épica, nem ação, nem piadas
engraçadíssimas que tornam Moonrise Kingdom uma obra de arte, mas sim, uma
linda mensagem sobre ser diferente, ser inocente e ser humano.
Os tons pastéis e figurino caricato, que são a marca
registrada da fotografia dos filmes de Wes Anderson estão de volta e funcionam
maravilhosamente para trazer o clima pessoal necessário para uma história como
essa. Esse clima também se destaca nos belos bosques, campos e cenários retros
espalhados pela película.
O filme conta também com um grande elenco coadjuvante. Todos entregando personagens cheios de
humanidade. Edward Norton e Bruce Willis em especial. O eterno John McClane
mostrou-me outra vez que não deve ser subestimado quando trabalha com papéis
dramáticos.
Os pequeninos também impressionam, resultado de um ótimo
trabalho de casting e a mão incrível que Anderson tem para direção de atores.
Sam e Suzy conseguem carregar todo o filme, contracenando em cenas românticas
de maneira magistral, cativando a todos que já foram criança.
O ponto mais eficiente da direção de Moonrise Kingdom foi à
maneira em que a inocência e o amor na juventude foram mostrados. Sempre
passando uma linda mensagem sobre como o amor é importante para que as pessoas
se encontrem na vida. Seja para um casalzinho pré-adolescente, para um velho
policial que nunca encontrou o amor, ou para um velho casal de advogados que
não sentem nenhuma conexão um com o outro.
A trilha sonora também é muito boa, iniciando o filme com
belas sinfonias e terminado com lindas musicas francesas. Algo que realmente
realça a beleza da fotografia e da história.
É na sensibilidade que esse belíssimo trabalho exalta sua importância. Uma história que nos faz refletir sobre a vida e nossas escolhas.
Para mim não há objetivo maior para uma obra de arte do que este.
Nota 9/10
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